quarta-feira, 26 de abril de 2017

Tecnologia do Futuro: 10 avanços que serão comuns nos próximos anos...

Tecnologia do Futuro: 10 avanços que serão comuns nos próximos anos...


1 – Carros autônomos

Ainda é provável que nesta década encontremos carros autônomos nas ruas das grandes cidades. Os projetos de carros autônomos estão evoluindo tão rapidamente, que a expectativa de tempo para que a tecnologia chegue ao consumidor, reduziu drasticamente.
No passado, era pensado que os carros autônomos só estariam disponíveis em 2030, no entanto, algumas das previsões de mercado, apontam a tecnologia para início de consumo já em 2018.

2 – Culinária robótica

Os robôs estão dominando os setores industriais, chegando também aos setores comerciais e de fast & food.
Em uma feira em Tóquio, Engenheiros exibiram um robô capaz de produzir e preparar o alimento para os consumidores.
Impensáveis e precisos, os robôs fazem trabalhos complexos e repetitivos em pouco tempo, economizando dinheiro para às fábricas e empresas que necessitam de produtividade.

3 – Construção Civil

Um dos objetivos do mundo atual, é evitar esforços por parte de mão de obra humana, esforços na qual podem arcar com problemas de saúde e excesso no uso de força.
Na construção civil, já existem alternativas à mão de obra humana, que podem construir casas em apenas dois dias, e prédios em 30 dias ou mais.
No futuro, este tipo de tecnologia será bastante utilizado, uma vez que, mais pessoas estarão pavimentando o mundo, e mais casas e apartamentos teremos, exigindo prazos cada vez menores para suas construções.

4 – ‘Computadores’ de bolso

Em um futuro não tão distante e até presente, os Smartphones serão seu computador de bolso. Microsoft e Samsung já apostam em opções que transformam o celular em uma Área de Trabalho, a exemplo do Continuum do Windows 10 Mobile, e o Galaxy S8.
Tanto o modelo da Samsung quanto o modelo da Microsoft viram ‘complexos’ computadores ao serem conectados em uma TV ou Monitor compatível.
Em um futuro próximo, isso será cada vez mais exigido, uma vez que, carregar o smartphone e o Notebook com a possibilidade de “2 em 1”, é uma genialidade perfeita para economizar tempo e espaço.

5 – Realidade aumentada: Interação Virtual x Real

Uma importante inovação do século, já tem data para chegar aos consumidores; o Hololens – tecnologia que brilha aos olhos e será vendido já em 2019.
O Hololens permite interação com objetos virtuais, através de um óculos de realidade aumentada.
Na imagem acima, mesa e sofá são reais, enquanto moedas, esquilo e outros objetos são virtuais, mas interagem com a mesa, ocupando somente o espaço real, e os limites. O usuário também pode tocar nos objetos virtuais.
Na realidade virtual, é possível viver dentro de um mundo virtual, enquanto na tecnologia de realidade aumentada, utilizada pelo Hololens, é possível viver no mundo real, interagindo com objetos do mundo virtual.

6 – “Fogos” de Artificio de Drones

Existe hoje, cientistas desenvolvendo drones capazes de criar shows nos céus, como aconteceu no intervalo do Super Bowl 51, em apresentação da Norte Americana Lady Gaga, onde Drones da Intel aparecem formando a bandeira do Estados Unidos.
No Rock in Rio, serão utilizados da mesmo tecnologia, drones que formarão vários desenhos no céu, colorido a abertura de todos os sete dias de festival, além de projetarem o nome “Rock in Rio”.
Não se assuste se por um acaso, drones comecem a substituir fogos de artificio, o que será um alivio para animais como gatos e cachorros, que são completamente frágeis ao ruído em excesso.

7 – Drones que transportem pessoas

Os drones estão cada vez mais avançados. Agora, já é possível transportar pessoas em drones, como mostrado em um evento de tecnologia.
O modelo acima já será disponibilizado comercialmente, em breve. No entanto, ainda serão feitos testes, e processos burocráticos podem atrasar sua acensão.
Mesmo assim, não podemos descartar que a tecnologia promete se fixar nos próximos anos.

8 – Energia Fotovoltaica

A energia fotovoltaica, proveniente de raios solares, será cada vez mais comum nos próximos anos.
O mercado tende a abaixar consideravelmente os custos para instalação e manutenção de placas fotovoltaicas, e todo o seu sistema. Com isso, mais pessoas acabarão adotando a solução energética, que é completamente sustentável e rentável.

9 – Internet das Coisas – IoT

O mercado de Internet das Coisas pode movimentar bilhões de reais nos próximos anos. É um dos avanços tecnológicos com o maior número de apostas entre investidores de todo o planeta.
Empresas como Intel, Microsoft e Google já embarcam na criação de soluções que transformem sua casa em um universo hi-tech, onde até o apagador é acionado via palmas, smartphones e/ou movimentos.
Até o banheiro se transforma, para que tudo fique completamente confortável e produtivo.

10 – Dinheiro virtual

O mundo também vai precisar implementar soluções para reduzir roubos de dinheiro e dor de cabeça para a economia.
Pensando nisso, o dinheiro será cada vez mais introduzido em cartões de crédito, bancos digitais e moedas virtuais, como o BitCoins.
Há quem já investe neste tipo de moeda virtual e tem retorno altamente lucrativo. No entanto, é preciso entender que, a moeda ainda tem obstáculos do mundo moderno para se estabelecer como pioneira no setor financeiro.
Existem diversas outras propostas de tecnologias do futuro. Com todas essas, já é possível começar a se preparar para não se assustar com drones coloridos no céu, vaso sanitário do vizinho que se limpa sozinho e faz massagem, riqueza virtual e carros que andam sem o manuseio do motorista.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O que torna um dispositivo inteligente "inteligente"? Não é apenas uma conexão de rede.

O que torna um dispositivo inteligente "inteligente"? Não é apenas uma conexão de rede.


Ultimamente, os dispositivos inteligentes têm sido sinônimo de tudo o que é rede habilitado. Se isso é luzes ( Phillips Hue ), termostatos ( Ninho ), ou mesmo escovas de dentes ( Prophix ). Mas é mais que apenas as habilidades permitidas pela conexão de um dispositivo em ternet que tornado-lo 'inteligente'. É uma combinação de serviços, confiança e facilidade de uso que tornam um dispositivo inteligência pessoal uma escolha melhor para um consumidor que fazem um mudo.

Fornecer um serviço valioso

Em um post anterior , eu explorei como a Internet das Coisas não é sobre as coisas, é sobre os serviços que você pode oferecer com essas coisas. Se esse serviço é tão simples como a capacidade de programar luzes de ligar e desligar do seu telefone, ou tão complexo quanto os algoritmos de poupança de energia que controlam o seu sistema HVAC o mais optimamente possível, sem um serviço associado qualquer dispositivo 'inteligente' é realmente apenas um Remoto.
Um serviço valioso é o que define o Nest, um integrador de casa inteligente e economizador de energia, além de um aplicativo como o Kinsa , um termômetro orientado a aplicativos que rastreia a saúde do usuário.
Embora ambos sejam dispositivos conectados à Internet, a Nest aproveita essa conexão para fazer algo que um termostato não poderia fazer anteriormente, ou seja, usar o aprendizado da máquina para entender suas preferências ea melhor forma de economizar em sua conta de energia. Por outro lado, Kinsa não usa sua conexão de rede para fazer algo que não poderia ser realizado por um termômetro e um notebook. Não é que não é útil, é apenas que não é particularmente "inteligente".
Além dos serviços simples, um dispositivo inteligente (ou serviço inteligente) deve fazer uso do efeito de rede para serviços mais complexos. Com mais dados vem mais poder, e saber como aproveitar esses dados para maior benefício é fundamental. Por exemplo, um único par de sapatos inteligentes pode acompanhar quando você executar e por quanto tempo. Uma rede de vários milhares de usuários que usam sapatos inteligentes e gerando dados pode ser usada para diagnosticar problemas em sua marcha, sugerir palmilhas que podem torná-lo mais confortável e ajudar a gerar metas realistas para melhorar a velocidade ea duração de suas corridas.

Confiar em

Além dos recursos brutos de um dispositivo e dos serviços correspondentes, ganhar e manter a confiança é essencial para um produto IoT.
Muitas vezes é difícil saber se as empresas de IoT menores têm a capacidade de manter os serviços que tornam um dispositivo inteligente. O Revolv HubZano Drones são exemplos de empresas que fecharam a loja e pararam de apoiar seus serviços. Esses exemplos servem como lembretes de que a Internet das Coisas ainda é uma indústria emergente onde seu fabricante favorito pode não estar em torno de 5 anos a partir de agora para apoiar o seu dispositivo.
Para o dispositivo IoT ser investimentos inteligentes para as pessoas, os consumidores devem ser capazes de confiar que um dispositivo será suportado por tempo suficiente para justificar o custo extra. A maioria das pessoas não vai mudar seu termostato por anos, talvez décadas, então eles precisam ter certeza de que seu termostato não vai apenas parar de trabalhar um dia por causa de algo fora do seu controle.

Fácil de usar

Finalmente, para que um dispositivo seja realmente inteligente, ele deve ser fácil de usar. Isso pode parecer óbvio, mas muitos fabricantes parecem estar faltando a proposição de valor básico de seus dispositivos conectados.
A conta do Twitter de Mark Rittman documentou sua busca de 11 horas para ferver água com uma chaleira wi-fi. Há muito a ser dito para a frase "Ele só funciona" que a Apple fez campanha por tanto tempo, e é definitivamente uma área de foco necessária para a indústria de dispositivos inteligentes. Para que um dispositivo seja inteligente , precisa ser mais parecido com a configuração do Apple Air Pods e requer menos guias de solução de problemas .

É hora de parar de chamar tudo o que está conectado à internet "inteligente".

O iKettle habilitado para Wi-Fi de Mark Rittman acabou por ser mais propenso a erros e menos conveniente do que uma caldeira de água regular. O fechamento do Hub Revolv deixou milhares de usuários com dispositivos inúteis. O termômetro de Kinsa não consegue aproveitar todas as vantagens potenciais do efeito de rede de dados. Nenhum desses dispositivos são verdadeiramente dispositivos inteligentes. Eles podem ter pequenas conveniências ou podem ter sido boas compras no curto prazo, mas é preciso mais do que isso para ser uma escolha inteligente para os consumidores.

terça-feira, 18 de abril de 2017

ESocial - Divulgação do Cronograma de Implantação...

ESocial - Divulgação do Cronograma de Implantação...

Diante disso, referente aos eventos aplicáveis ao FGTS, declara aprovados o cronograma e o prazo de envio de informações definidos na Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 2/16 (DOU de 31/08/2016), definindo o início da obrigatoriedade de transmissão dos eventos que se dará conforme descrito a seguir:
- Em 01/01/2018 para o empregador com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00, exceto para os eventos relativos a Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), que serão obrigatórios após os seis primeiros meses do início da obrigatoriedade.
- Em 01/07/2018 para os demais empregadores, exceto para os eventos relativos a Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), que serão obrigatórios após os seis primeiros meses do início da obrigatoriedade.
O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, ao Microempreendedor Individual (MEI) com empregado, ao segurado especial e ao pequeno produtor rural pessoa física será definido em ato específico, observados os prazos elencados anteriormente.
Salienta-se que até 01/07/2017 será disponibilizado aos empregadores ambiente de produção restrito com vistas ao aperfeiçoamento do sistema.
Além do exposto, a Circular MF/CAIXA nº 761/17 aprova a versão 2.2.01 do Leiaute do eSocial que define os eventos que compõem o Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), e que deve ser observado pelo empregador, no que couber.
O acesso à versão atualizada e aprovada deste leiaute estará disponível na internet, nos endereços www.esocial.gov.br e www.caixa.gov.br, opção "download".
A prestação das informações pelo empregador, por meio do eSocial, substituirá, na forma e nos prazos regulamentados pelo Agente Operador do FGTS, a entrega das mesmas informações a que estão sujeitos os empregadores, seja por meio de formulários e declarações ou pelo Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP) , naquilo que for devido.
As informações contidas nos eventos aplicáveis ao FGTS serão utilizadas pela CAIXA para consolidar os dados cadastrais e financeiros da empresa e dos trabalhadores, no uso de suas atribuições legais.
Ademais, a prestação das informações pelo empregador ao eSocial, por meio da transmissão de arquivos ou por meio do módulo web, deve ser realizada e os valores devidos quitados até o dia sete do mês seguinte ao que se referem, sendo antecipado o prazo final de transmissão das informações e a quitação da guia do FGTS, se for o caso, para o dia útil imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário no dia 7, sob pena de aplicação de cominações legais.
A transmissão dos eventos se dará por meio eletrônico pelo empregador, por outros obrigados a ele equiparados ou por seu representante legal, com previsão, inclusive, de uso de módulo web personalizado, como condição de tratamento diferenciado a categorias específicas de enquadramento.
É responsabilidade do empregador prestar as informações ao eSocial no prazo fixado anteriormente, bem como quaisquer repercussões, no âmbito do FGTS, decorrentes da apresentação de informações ao eSocial com incorreções ou omissões, sujeitando-se às penalidades previstas na legislação vigente.
Circular MF/CAIXA nº 761/17 entra em vigor na data de sua publicação no DOU, ou seja, 17/04/2017, e revoga disposições contrárias, em especial, aquelas preconizadas na Circular CAIXA nº 683/15.
Fonte: Cenofisco

terça-feira, 11 de abril de 2017

Watson: O 'médico' do futuro está a caminho de Portugal...

Watson: O 'médico' do futuro está a caminho de Portugal...


Não veste uma bata branca, nem tão pouco tem um estetoscópio ao peito. Tem o estatuto de médico, mas na verdade é um assistente de excelência. Falamos do Watson da IBM, uma das criações que melhor espelha o intuito da IBM em levar a inteligência artificial à medicina e tudo em prol da saúde humana perfeita. Ao Tech ao Minuto, Cristina Semião, Healthcare Manager da IBM Portugal, fala de “um protocolo já assinado” para a inclusão deste sistema no nosso país.

Nos dias que correm, falar em Medicina implica falar em tecnologia e na importância que os sistemas computorizados têm na descoberta do diagnóstico e do tratamento das mais variadas patologias.
A IBM está empenhada em levar o lado mais inovador e eficaz do mundo tecnológico à medicina e traçou como objetivo melhorar a saúde humana já nos próximos cinco anos. Como? Com uma aposta clara na inteligência artificial e, em particular, com o recurso ao sistema cognitivo Watson, que possibilita uma nova forma de comunicação e parceria entre pessoas e computadores e que se assume como o principal aliado desta caminhada pela saúde humana perfeita.
A inclusão deste supercomputador é já uma realidade em países como o Japão e Alemanha, mas Portugal não vai ficar de fora, garante Cristina Semião, Healthcare Manager da IBM Portugal.
Ao Tech ao Minuto, revela que "a IBM está naturalmente a estabelecer contactos com várias organizações e grupos de saúde em Portugal", existindo já "um protocolo já assinado em Portugal". Contudo, já depois de um segundo contacto, não foi adiantada qual a entidade portuguesa que receberá o sistema de inteligência artificial.
Em entrevista por e-mail, a especialista fala da aposta clara da IBM no setor da saúde e em como os novos sistemas tecnológicos não vão substituir os médicos, mas sim auxiliá-los, permitindo uma compreensão mais clara, célere e eficaz de toda a informação médica de um paciente ou de uma doença.
Sem a computação cognitiva, a saúde iria padecer do paradoxo de ter cada vez mais dados e cada vez menos compreensão dos mesmos.
No mais recente 5 in 5 da IBM, três dos cinco objetivos destinam-se à saúde. Porquê esta aposta tão clara?
É uma aposta grande da IBM porque entendemos que o setor da saúde está a viver um período de transformação e disrupção sem precedentes, que a IBM quer apoiar e ajudar a concretizar.
O setor tem que encontrar respostas rapidamente a desafios que têm vindo a caracterizá-lo de forma vincada, especialmente na última década - desde o esforço e os custos com os cuidados associados a um aumento significativo de doentes crónicos e a uma população cada vez mais envelhecida, passando pelas limitações orçamentais e de recursos, falta de competências, até à explosão de dados das mais variadas fontes, cidadãos cada vez mais informados e sobre informados.
A IBM acredita estar unicamente dotada para ajudar a responder a perguntas que tradicionalmente são difíceis na saúde, como ‘o que funciona e não funciona, para quem, porquê, em que contexto, e a que custo?’ e organizou as soluções e a inovação necessárias para produzir esta mudança ao redor de três áreas-chave: novas formas como os vários atores no ecossistema da saúde comunicam e colaboram entre si, seja entre clínicos e pacientes, ou entre plataformas para um maior equilíbrio entre cuidados primários, secundários e sociais, focados na prevenção mais do que na doença; novas ideias e ferramentas de investigação e inovação exigidas para lidar com as novas descobertas que acontecem todos os dias e captar valor real da revolução genómica; e novos meios de apoio à decisão para alavancar toda esta informação e fazer com que os cuidados personalizados e baseados na evidência se tornem finalmente numa realidade.
Ginni Rometty, CEO da IBM, mencionou recentemente que, apesar de endereçarmos muitas outras áreas, estamos convictos de que a participação da IBM como agente de mudança na saúde, será das coisas mais importantes que poderemos fazer enquanto instituição.
A inteligência artificial é o denominador comum nestas três apostas. O futuro da medicina passa por esta tecnologia?
Necessariamente! Vivemos num mundo inundado de dados, e a saúde não é exceção, quer em volume, variedade ou complexidade. Este fenómeno, conhecido por Big Data, já é visto como o recurso natural por excelência do século XXI, mas tal como um qualquer outro recurso natural, são precisas ferramentas e plataformas próprias para o explorar, refinar e, finalmente, usar.
Por exemplo, o genoma de apenas um paciente oncológico é equivalente a meio terabyte de dados (500 GB) e um epidemiologista precisaria de ler cerca de 160 horas por semana para se manter atualizado em relação à informação que é publicada apenas para a sua especialidade médica. Veja-se, o cérebro humano deixou de ter capacidade e memória suficientes para processar toda esta informação e é aqui que entram os sistemas cognitivos que o ajudam a interpretar, correlacionar e gerar conhecimento de forma rápida e eficaz, o que tem particular impacto numa área cujo objetivo primordial é preservar, tratar e melhorar a vida humana.
As soluções tradicionais de analítica são incapazes de aprender e de se adaptarem a uma qualquer nova problemática ou tratarem ambiguidades, não conseguem interpretar imagens, mas são úteis no tratamento de dados estruturados ou não estruturados que usem semântica conhecida e definida (na relação de palavras e frases e o seu significado). Já um sistema cognitivo simula o processo cognitivo humano, entende linguagem natural, gera hipóteses e valida-as com base na evidência, aprende e adapta-se, com a vantagem de nunca se esquecer de nada. Em suma, sem a computação cognitiva, a saúde iria padecer do paradoxo de ter cada vez mais dados e cada vez menos compreensão dos mesmos.
Sendo a saúde uma área tão sensível, como é que se ganha a confiança das pessoas perante um uso tão específico de tecnologias no diagnóstico de patologias?
Primeiro, é preciso esclarecer que a tecnologia não é a responsável pelo diagnóstico de patologias, esta auxilia. Em saúde isto quer dizer que a computação cognitiva deve ser usada para ‘assistir’ o médico ou o profissional de saúde a organizar todos os dados e informação relativa ao paciente (histórico, exames clínicos, sintomas, dados familiares, análise genómica, etc), analisar e fazer a correlação necessária com todos os dados disponíveis e relevantes de muitas outras fontes (como por exemplo, diretórios por patologia, trabalhos de investigação e jornais científicos, ensaios clínicos, etc) para então oferecer uma recomendação, por exemplo terapêutica, para determinada patologia. Compete depois e sempre ao profissional tomar a sua decisão, que, com recurso a esta tecnologia, será necessariamente mais informada, personalizada e baseada na evidência.
Utilizada de forma abrangente, esta tecnologia pode ser ainda usada para democratizar o conhecimento de determinada patologia por toda a organização ou numa rede, elevando a qualidade e consistência do processo de decisão clínico, que terá reflexo numa maior confiança das pessoas em determinadas instituições face a outras.
Últimos inquéritos mostram que os decisores no setor concordam que a computação cognitiva tem o potencial de mudar radicalmente a saúde. Aliás, um estudo recente do IBM Institute for Business Value, entre os gestores familiarizados com a tecnologia, 84% acreditam que irá ter um papel disruptivo; 81% creem que irá impactar significativamente o futuro a sua atividade; e 95% declaram a intenção de investir em capacidades cognitivas.
A IBM pretende criar um chip que tanto permitirá detetar precocemente doenças, como informará as pessoas se é ou não necessário ir ao médico. Atualmente, as pessoas vão maioritariamente aos médicos para curar uma condição que têm. No futuro vamos assistir ao contrário? A aposta vai para a prevenção e não para o tratamento?
A prevenção tem de ser uma prioridade, quando vivemos num mundo que não se pode permitir pagar os custos de uma saúde baseada na gestão de episódios agudos e tratamentos hospitalares. E hoje já vemos uma maior ação por parte dos cuidados primários, médicos de família e centros de saúde, na gestão e promoção de programas de prevenção.
Apelando a que os cidadãos sejam parte ativa neste processo, também aqui os dados provenientes de toda uma variedade de sensores e dispositivos móveis do nosso dia-a-dia terão um papel preponderante na estimulação e monitorização do bem-estar e qualidade de vida das pessoas. Estes dados devem ser partilhados pelo próprio cidadão/paciente com os seus cuidadores formais, como o médico, ou informais, como por exemplo um familiar, e denominam-se internacionalmente de PGHD - Patient Generated Health Data.
Com acesso a aplicações cognitivas organizadas numa plataforma de Internet das Coisas, como é o caso do IBM Watson IoT, teremos a possibilidade de processar também estes PGHD e antecipar um qualquer episódio crítico de saúde antes mesmo de serem sentidos os primeiros sintomas pelo paciente.
Este conhecimento permite fazer uma medicina de precisão que considera não apenas os dados clínicos, mas também ambientais, sociais, comportamentais e mentais, que no seu conjunto provaram ter um impacto significativo, não só no estado de saúde e bem-estar geral do indivíduo, como também na sua longevidade ativa.
O sistema de inteligência artificial Watson tem-se mostrado eficaz na deteção precoce de doenças, muitas delas de cariz raro. O Watson já é utilizado num hospital alemão. A IBM está a tentar estabelecer uma parceria semelhante em Portugal ou já teve algum contacto nesse sentido?
Cientes do tremendo avanço que significa a implementação de uma solução baseada em Watson num hospital, a IBM está naturalmente a estabelecer contactos com várias organizações e grupos de saúde em Portugal.
A adoção e a integração de soluções cognitivas numa organização é uma viagem e não um destino. Portanto, com um protocolo já assinado em Portugal, continuamos a trabalhar em verdadeira parceria com as principais organizações por forma a definir bem a oportunidade, a proposta de valor e o impacto esperado, e esse é o caminho que estamos a percorrer agora.